A Scania, anunciou que os caminhões apresentados no final de 2021 na Europa, a gama Super, começará a ser vendida no Brasil a partir da Fenatran 2022 – 23º Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga, que será realizada de 7 a 11 de novembro, no São Paulo Expo (SP). As entregas vão começar a partir de fevereiro de 2023. Portanto, a nova gama chegará ao país pouco mais de um ano depois de lançada na Europa. O Scania Super é a mais recente aposta da fabricante sueca para alcançar metas de descarbonização baseadas na ciência e integra o aporte de 2 bilhões de Euros na Europa e cerca de R$ 1 bilhão nas instalações da fábrica de São Bernardo do Campo/SP.
A partir de 1.º de janeiro de 2023 as fabricantes de veículos comerciais precisam se adequar aos requisitos obrigatórios de metas de controle de emissões da fase P8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), ou equivalente à lei europeia Euro 6.
Para atender ao P8, a Scania definiu duas estratégias. Ter uma nova linha de motores P8/Euro 6 que atendem todos os segmentos de atuação com economia de diesel de 2% sobre a geração atual. E criar uma nova gama dentro da categoria dos pesados, a Super, para elevar ainda mais o patamar de resultados dos clientes que atuam nas faixas de potência mais vendidas do mercado.
“Estamos continuando a evolução para manter a liderança na transição a um sistema de transporte mais sustentável. O Scania Super chega com motores P8/Euro 6 de uma plataforma ainda mais moderna – proporciona até 8% de economia –, tem potências próprias e um exclusivo e novíssimo trem de força”, explica Silvio Munhoz, diretor-geral das Operações Comerciais da Scania no Brasil. “Não se tem registro no mercado, na faixa de potência de 420cv a 560cv, de uma solução de transporte que entregará tanta eficiência energética e um menor custo total de operação como o Scania Super. Nossa visão holística do setor está sendo elevada a um novo patamar e ficará ainda mais completa com futuras outras novidades.”
Para atender aos requisitos do Proconve P8, a Scania não precisou lançar uma nova cabine, pois a ultima geração de caminhões lançada no Brasil em 2018, com início de entregas a partir de fevereiro de 2019 não exige mudanças. Vale lembrar que desde a chegada dos novos caminhões, a Scania vem numa jornada muito forte de eficiência energética e evolução com até 20% de economia de combustível sobre a gama anterior – as Séries P, G e R –, e agora, ainda mais eficiente com os 8% de eficiência superior em relação à gama Euro 5.
“As nossas cabines P, G, R e S estão atualizadas e atendendo os clientes de forma perfeita. O que estamos mudando é no coração da cabine, onde tudo começa para mover o caminhão pelas estradas, o motor. E, no caso da gama Super com o novíssimo trem de força, formado por motor, câmbio, eixo cardan e diferencial”, afirma Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções de Transporte da Scania no Brasil.
“Ou seja, tanto a nova linha de motores Euro 6, que será chamada de otimizada, quanto o Super serão usados nas cabines atuais e vão formar os conjuntos mais eficientes e rentáveis que a Scania já ofereceu no país”, salienta Nucci.
A identificação da marca Super na cabine estará nas laterais das portas e na parte superior da grade dianteira, abaixo do nome Scania, em um destaque elegante com uma grafia moderna e imponente. O cliente ainda poderá adicionar um adesivo, opcional, no topo da cabine entre os faróis superiores.
A gama Super chega ao mercado alinhada aos padrões Proconve P8/Euro 6 com o maior torque do mercado para motores de 13 litros. “Estamos falando do mais puro ganho de eficiência energética ao oferecer alto torque em rotações mais baixas e para obter maior economia de combustível. Os torques variam entre 2.300 e 2.800Nm”, explica Ivanovik Marx, engenheiro de Oferta de Soluções da Scania no Brasil.
Os motores Super disponíveis são de quatro potências (420, 460, 500, 560cv), que desenvolvem, respectivamente, torques de 2.300Nm, 2.500Nm, 2.650Nm e 2.800Nm. O ganho prático dos três primeiros modelos foi de 150Nm em relação à geração atual e de 100Nm na versão de 560cv. Por falar nele, o modelo R 560 Super de 2.800Nm será o pesado de motor 13 litros de maior torque da categoria.
Um comparativo feito pela engenharia da fabricante entre os torques do atual pesado de 13 litros Euro 5 mais potente da Scania, o R 540 (2.700Nm), com o R 560 Super, mostra a evolução contundente na categoria. O R 560 Super passa a proporcionar uma faixa plana de torque maior numa rotação mais baixa, o que vai elevar ainda mais a economia de combustível.
O propulsor Super traz muitas novidades. Dentre elas, o aumento da pressão de pico no cilindro para 250bar, duplo comando de válvulas no cabeçote, fricção reduzida dos componentes internos e melhorias da lubrificação, refrigeração e da eficiência do turbo compressor. A gama Scania Super ainda dispõe, de série para todas as versões, do freio de cabeçote CRB (do inglês Compression Release Brake), que garante melhor desempenho de frenagem auxiliar do propulsor (capacidade de 350Kw) e não necessita de manutenção. O freio hidráulico auxiliar Scania Retarder permanece opcional e juntos podem chegar a 850Kw de potência de frenagem.
“Além disso, o motor Super oferece desempenho superior em relação aos atuais da marca, principalmente, devido ao comando duplo no cabeçote e ao Scania Twin SCR, um sistema de injeção dupla de AdBlue (Arla 32), que ajuda a aumentar a eficiência do processo de pós-tratamento”, diz Marx. “Todas estas mudanças foram preponderantes para atingir a economia de até 8% sobre a geração atual de motores Euro 5 da marca.”
Outro grande benefício do Scania Super está na introdução de série da nova unidade de otimização do tanque de combustível. O recurso, exclusivo da Scania para estes modelos, foi chamado de FOU (Fuel Optimization Unit), e funciona como um tanque de captura capaz de garantir a utilização máxima do combustível. “Passamos de 87% para 97% de diesel utilizável em nossos tanques, o que significa um ganho de carga útil transportada ou o alcance estendido a depender do que for priorizado em sua aplicação”, pontua Marx.
No Super, o sistema de tratamento de gases (silencioso) Euro 6 SCR (Selective Catalytic Reduction ou Redução Catalítica Seletiva) passa a utilizar uma dupla dosagem do reagente ARLA 32 (um logo no coletor de escape e o outro no silencioso) e do filtro de particulado do diesel (DPF) para atender a lei Proconve P8. Esse filtro quando abastecido com diesel S10 e o novo lubrificante da linha Euro 6 aumenta os intervalos de troca para operações de longa distância.
Para a linha de caminhões Euro 6, os novos motores foram redesenhados para otimizar a lubrificação de todo o conjunto. Com isso, passarão a utilizar lubrificantes de última geração com tecnologia de redução de atrito, que, aliados a tecnologia exclusiva dos planos flexíveis, irão reduzir significativamente a necessidade de paradas para manutenção em até 50% na comparação com a geração atual.
A gama Scania Super também será equipada com as novas caixas de transmissão automatizada Opticruise de nova geração. Os modelos Super 420cv e 460cv levarão a caixa de câmbio G 25. Já as versões de 500cv e 560cv terão a G 33.
Ainda falando na configuração do veículo, os modelos rígidos (ou chassi plataforma) ganham também várias novas posições de montagem dos tanques, de combustível e de Arla 32, permitindo melhor distribuição do peso no chassi (mais próximo do eixo traseiro) e proporcionando maior carga útil. “Dependendo do tipo de operação, da distância entre eixos e da quantidade de tanques, poderia haver até uma capacidade de 1 tonelada a mais de carga útil, por exemplo”, calcula Marx.
Novidades no interior da cabine: mais sofisticado e ergonômico da categoria
Da mesma forma que nos caminhões da nova linha P8/Euro 6, a gama Super também estreará as novidades do interior da boleia. A nova cor do interior passa a ser preta e em um tom mais suave.
Além disso, as cabines Scania, também na configuração Super, passam a contar com mais um recurso nos itens opcionais com foco em conforto e segurança na direção: quebra-sol interno elétrico. Caso opte pelo equipamento, o cliente poderá acionar o ajuste por um botão estrategicamente posicionado atrás do volante para facilitar o acesso, algo mais prático e ergonômico.
“Dessa forma, o motorista não vai precisar esticar o braço ou se levantar para dobrar o quebra-sol, igual faria no modo manual. Com apenas um clique no botão, a viseira se move para cima ou para baixo automaticamente, sem que o motorista precise segurá-la. O ajuste de comprimento será feito com mais comodidade”, conta Marx. “Ainda diminuímos o espaço entre a viseira e as colunas laterais. Assim sendo, a incidência dos raios solares nos olhos do motorista para atrapalhar a visão na condução será muito menor.
Scania Super – um pouco de história
A matriz da Scania na Suécia escolheu batizar a nova gama global de trem de força numa homenagem ao Brasil. Exatamente, o Scania Super nasceu aqui em 1970.
Numa manhã de sábado, na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), um caminhão Scania, naquele momento o mais potente do Brasil, estava sendo fotografado pelo Departamento de Propaganda. Em meio ao trabalho, apareceu um curioso e, humildemente, lançou a pergunta: “É turbinado?”. Nascia, após dois anos de testes, o caminhão “jacaré” Scania Super L76, com 42% mais torque e 41% mais potência que os modelos anteriores. Não demorou para surgir a peça publicitária: “O caminhão mais potente do Brasil não é mais o Scania. É o Scania Super”.
Com ele, a Scania aumentou a produção e as vendas das unidades de motor superalimentado. Ele era equipado com motor DS 11 R 01A de 275cv e torque de 108Nm. Em 1971, o L76 foi substituído pelo L110. Em 1972, o Brasil pronuncia duas palavras de ordem: “integração” e “exportação”. Não muito longe da fábrica da Scania, uma rodovia começa a ganhar formas, a dos Imigrantes, “um novo caminho para o mar”. O principal produto da Scania, o Scania Super, passa a ser chamado de “o Caminhão da Integração Nacional”. O novo Scania Super foi produzido nas versões L, LS e LT e distância entre eixos de 4m20. A nova distância entre eixos permitiu o desenvolvimento de uma cabine com leito, um lançamento que era esperado há tempos pelos motoristas de Scania. Ficou no mercado até 1976 quando chegou o L 111, o último “jacaré” produzido.
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