Para preservar a memória ferroviária, que faz parte do patrimônio material e imaterial dos municípios, bem como criar espaços para que as novas gerações conheçam a história da ferrovia, a VLI – administradora da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) –, em parceria com a Agência de Iniciativas Cidadãs (AIC) e a administração municipal de Três Rios (RJ), inaugura no próximo dia 7, a Estação de Memórias de Três Rios, que funcionará na Casa de Pedra da cidade, localizada na Rua Barão de Entre Rios, s/nº, Centro. O evento terá início às 14h.
Nos últimos anos, a iniciativa recebeu mais de R$ 10 milhões para a reforma de seis ativos. Em 2022, o programa chegou a Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e a Cachoeira, na Bahia. Neste ano, além de Três Rios e Divinópolis, no Centro-Oeste Mineiro, o projeto está previsto para ser implantado em Contagem (RMBH), além de Uberaba e Campos Altos, no Triângulo Mineiro.
Segundo a gerente-geral de Sustentabilidade da VLI, Francielle Pedrosa, preservar as histórias para a presente e futuras gerações faz parte do compromisso da companhia de deixar legado e compartilhar valor com a sociedade. “Ao resgatar e preservar a memória ferroviária, reforçamos o conceito de que, para pensar no futuro, é preciso valorizar o passado. A VLI se orgulha por estar em Três Rios e fazer parte da história do município, profundamente entrelaçada à atividade ferroviária”, ressalta.
Três Rios está inserida no Corredor Minas-Rio da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), ao longo de seus 1.827 km de extensão.
História
A centenária Casa da Pedra, como hoje é conhecida, foi construída final do século XIX e, antigamente, era a estação de carga e descarga da extinta Estrada de Ferro Leopoldina Railway. A arquitetura toda em pedra e madeira ressaltam a beleza da edificação, que foi tombada pelo patrimônio histórico municipal devido à sua importância histórico-cultural. Isso porque Três Rios se desenvolveu a partir de recursos da mão-de-obra ferroviária.
O Estação de Memórias reconta o passado, a partir de um processo de cocriação com as comunidades. Encontros e entrevistas identificam casos, lembranças e histórias de quem vivenciou o vai e vem dos trens. Esse conteúdo é transformado em um acervo de fotos e vídeos que é disponibilizado na estação.
A pesquisa realizada inclui mais de 200 fotografias e imagens, bem como 36 objetos históricos e documentos diversos. Todo o conteúdo criado e catalogado será doado ao acervo público de Três Rios. A partir desse levantamento, foi criada uma narrativa da exposição, que está distribuída em dois espaços da Casa de Pedra: a sala 2 e o corredor externo. A narrativa, construída em conjunto com os personagens – que são moradores, historiadores, ferroviários e seus familiares –, dividiu-se em cinco paradas.
Entre os depoimentos está o do ferroviário aposentado, Gilson Rubens Strzoda. Conforme ele, o Programa Estação de Memórias “é muito bom e resgatará a memória da ferrovia da qual ele fez parte”. Para Luciano Alves, filho do ferroviário aposentado Geraldo Alves, foi uma honra dar um depoimento sobre a vida do pai dele muitos anos de trabalho na extinta Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA). “Uma mistura de emoção com um sentimento de que, deixamos um legado, um memorial para as futuras gerações".
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