
O governo espanhol e a Adif criaram um grupo de trabalho para definir uma estratégia que consiga integrar a rede ferroviária, num âmbito mais global, já que a bitola ibérica (Espanha e Portugal) atualmente é de 1668 mm em suas vias chamadas convencionais, diferente dos 1435 mm da bitola UIC internacional e utilizada nas linhas de alta velocidade.
O grupo de trabalho, agora anunciado em comunicado pela Adif, deverá avaliar a rede, em função da bitola, por corredores, considerando os tráfegos existentes e as necessidades futuras projetadas pelos especialistas e pelos agentes económicos.
Para definir a nova estratégia de exploração da rede, com especial enfoque no transporte de mercadorias, governo e Adif se propôs a ouvir as posições de um vasto grupo de players, desde operadores ferroviários, a administrações portuárias, operadores de terminais, principais clientes da ferrovia, entre outros.
A ideia de uma migração total da rede, da bitola ibérica para a UIC, foi por várias vezes anunciada ao longo das últimas décadas, mas nunca foi concretizada. Essa diferença sempre foi vista como um isolamento da ferrovia ibérica em relação ao restante da rede europeia, mas o surgimento de vagões com eixos intercambiáveis tanto para o transporte de carga como de passageiros, exemplo da fabricante espanhola Talgo, vinham atenuando um pouco essa pressão. No entanto o crescimento da opção pelo frete ferroviário vem crescendo e uma maior operacionalidade através de maior rapidez nas operações com toda a certeza irá desenvolver a ferrovia ibérica.
Agora, a estratégia parece ser avaliar, caso a caso, corredor a corredor, qual será a melhor solução (na prática, manter a bitola ibérica ou migrar para a bitola europeia) para o transporte de mercadorias, para ter isso em conta no momento de projetar tanto novas linhas bem como a modernização e adequação à bitola UIC das existentes.
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