Ao pensar sobre o futuro da mobilidade elétrica, a infraestrutura é dos fatores mais importantes para tornar viável o crescimento desta tecnologia de propulsão. Os carregadores e baterias vêm-se modernizando de forma acelerada, e quem compra um veículo elétrico recebe um carregador portátil que já vem no veículo. Este carregador funciona normalmente em 220V e/ou 110V e gera uma potência de carregamento inferior a 2kW.
Só para que tenham uma ideia do que isto significa, para carregar completamente a bateria de um Audi e-Tron (~83,5kWh de capacidade real), precisaríamos de mais de 40 horas de carga. (Veja a matéria em que testamos o Audi e-tron).
Logo, para os proprietários de EVs, um investimento quase sempre obrigatório é a instalação de uma carregador residencial tipo Wallbox. Estes carregadores de maneira geral apresentam capacidades para carregamentos de ~7kW podendo chegar até 22kW quando ligados num sistema trifásico.
Porém, um ponto deve ser considerado. Nem todos os carros elétricos possuem Onboard Charger capaz de carregar via porta de corrente alternada potências de 22kW. O Onboard Charger é o componente que transforma a corrente alterna vinda do carregador AC e transforma em corrente contínua para carregar a bateria de alta tensão. É fundamental ao solicitar a instalação de um Wallbox, saber qual a potência máxima permitida para aquele determinado veículo. Assim se evita a realização de um investimento muito alto para uma velocidade de carregamento abaixo do esperado.
Para carregadores rápidos e ultra rápidos, as potências de carregamento são também cada vez maiores. Alguns carros permitem o carregamento rápido (tipo DC ou corrente contínua) de 150kW, 200kW ou até mais, com a tecnologia evoluindo para cargas maiores no futuro. Com um carregador de 150kW, o mesmo e-tron pode ser carregado completamente em torno de meia hora. Isso resulta numa autonomia para mais de 400km. Vale ressaltar que esses carregadores rápidos são caros e devem ser suplementados por redes trifásicas de 380V, por isso não são viáveis para instalações residenciais padrões. Este tipo de carregador é encontrado em postos de carregamento e alguns locais comerciais. Outra coisa que deve ser levada em consideração é que o carregamento rápido reduz a vida útil da bateria quando utilizado com frequência. Recomenda-se utiliza-los em caso de viagens longas, quando não se pode perder muito tempo parado para abastecimento das baterias.
Outro ponto que devemos levar em consideração nos carregadores são os padrões de carregamento. Assim, como as tomadas residenciais são diferentes nos diversos países do mundo, carregadores também podem apresentar diferenças na hora de conecta-los aos veículos.
Os 3 padrões mais comuns no Brasil são: o Chademo, o combo CSS e o Mennekes. Mas não se preocupe, pois se você tem a intensão de comprar um EV, os carregadores públicos atendem praticamente todos os modelos vendidos nacionalmente, com algumas exceções, como a Tesla. Há também aplicativos, como o PlugShare, que disponibiliza mapeamento de localização e tipos de carregadores disponíveis em todo o mundo.
As baterias estão evoluindo para terem cada vez mais densidade energética, ou seja, menor peso e maior capacidade de carga. Os carregadores também estão cada vez mais potentes e capazes de alimentar nosso EV em menos tempo. E com o barateamento dos carregadores e aumento da infraestrutura de carregamento, haverá assim mais espaço para utilização dos EVs, e o Brasil não pode ficar de fora da evolução nesta nova fase da mobilidade.
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