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Comparativo: Argo Trekking 1.8, HB20x e Renault Stepway, 2ª semana com três aventureiros

Atualizado: 7 de jul. de 2021


Comparativo: Argo Trekking 1.8, HB20x e Renault Stepway, três semanas com três aventureiros
Comparativo: Argo Trekking 1.8, HB20x e Renault Stepway, três semanas com três aventureiros

Amigos leitores, voltamos para a segunda parte de nosso teste comparativo com três dos mais desejados modelos hatch compactos em suas versões mais aventureiras. No teste de hoje destacamos as qualidades e pontos não tão bons do Renault Stepway, versão aventureira da linha Sandero no Brasil. Desde já convidamos todos a acompanharem a nossa experiência ao dirigir o veículo durante alguns dias, agradecendo desde já a vossa leitura, deixando o espaço de comentários à vossa disposição para interagirem conosco com a vossa opinião e agradecendo também o compartilhamento da matéria com conhecidos, amigos e família. Outro convite é para que se inscrevam no nosso canal de vídeo no youtube, além de sugerir que sigam nossas mídias sociais no Faceboook, Instagram e Twitter.


O alvo inicial deste comparativo foi o Hyundai HB20x, em matéria que convidamos todos a ler e que está disponível aqui. Na próxima semana, o terceiro dos veículos do nosso comparativo, o Fiat Argo Trekking com a motorização 1.8 Flex.


Em relação ao Renault Stepway o modelo apresenta a postura de aparência mais robusta dos três, muito por conta de suas dimensões. Com 4070 mm de comprimento ele é o maior em comprimento, sendo também o maior na distância entre eixos com 2590 mm, tendo ainda como referências os 1630 mm de altura, e 1730 mm de largura.


Em termos de design ficou muito agradável, e sem dúvida que sua última atualização deixou a proposta muito mais moderna com trabalho especialmente feliz em ambos os grupos óticos, e mudanças muito inteligentes no design do carro.

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O destaque vai para as lanternas traseiras em LED com mascara escurecida e os faróis dianteiros com assinatura de condução diurna. Complementando uma frente bem marcante e de detalhes muito bem trabalhados, os faróis de grandes dimensões se integram nas peças em tom escuro da área frontal, harmonizando de forma elegante com o fino friso da grade frontal, com a moldura dos faróis de neblina, além do logo central da marca, todos eles pormenores com acabamento em cromado.


As peças em tom escuro vão dos para-choques passando pelas áreas laterais, e aqui naturalmente pelas caixas das rodas, definindo os limites da carroceria, em tradicional acabamento destas versões aventureiras, e que no caso do Sandero é bem mais sutil que, por exemplo, no caso do HB20x, com mais predominância das peças plásticas na carroceria.


Referências ainda para as rodas de liga leve de 16" biton diamantadas, onde são instalados pneus de medida 205/55 R16, as maçanetas das portas e a caixa superior dos espelhos retrovisores na cor da carroceria, já o suporte dos espelhos, de regulagem elétrica, são em plástico escuro em acabamento idêntico às molduras das janelas. Não podiam faltar também as barras de teto longitudinais, mais um dos itens não esquecido pelas marcas para caracterizar estas versões diferenciadas e que no caso do modelo da Renault são as de maior proporção e envergadura, ajudando a entregar a sensação de que, das três opções testadas, o carro francês é o de aparência mais robusta.

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Parte desta impressão vem muito pelo ajuste da suspensão (elevada em 40 mm) que deixa o Renault Stepway com a maior distancia entre as rodas e a carroceria, passando por isso mesmo a sensação de maior capacidade para o veículo francês. Ainda como assinatura do modelo, e finalizando a observação externa, referência para o nome STEPWAY que identifica e “assina” o modelo, em adesivo colocado na parte superior esquerda das portas dianteiras.


O acesso ao interior é realizado pela chave do tipo canivete, e o habitáculo é o de aparência menos sofisticada entre os três veículos do nosso comparativo, no entanto, é o ambiente mais amplo, e com maior espaço para os ocupantes. Essa amplitude é extensível ao porta malas, onde o Renault é a referência entre os três, e o que permite mais espaço para a bagagem da família. São 320L de volume disponibilizado contra os 300L de Hyundai e Fiat. Em relação à central multimídia ela fica em posicionamento distinto, já que tanto HB20x como Argo Trekking têm a tela em posição superior no painel. Já no caso do Stepway, ela fica inserida no painel em posição mais baixa. A multimídia permite conexão através dos sistemas Android Auto e Apple CarPlay, no entanto, continua sendo a da geração anterior (o novo Duster já conta com uma nova proposta), lembrando que sempre elogiámos sua praticidade, de fácil interpretação e onde todos os comandos são fáceis de encontrar além de esteticamente agradável e colorida. Na tela sensível ao toque de 7” são também disponibilizadas as imagens da câmera de ré que nas manobras conta ainda com o auxilio do sensor de objetos traseiro. Logo abaixo fica o comando que gerencia as opções do ar-condicionado que no caso da versão Iconic, testada por nós, é automático.

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Mais uma vez, o lado negativo para o entretenimento da Renault é o sistema de áudio, de longe o pior dos três, algo que a Renault já corrigiu no Duster também.


Como já referido, dos três modelos testados o interior do Renault Stepway é o menos requintado de todos eles, no entanto ele vem evoluindo na questão de itens de segurança e conforto ao serviço do condutor e passageiros.


Referências para os bancos com acabamento em couro sintético, com encosto de cabeça e cinto de segurança de três pontos em todas as posições e sistema de fixação para cadeirinhas Isofix, as quatro bolsas de airbag (frontal e lateral) sensores de chuva e crepuscular, controle de estabilidade e auxilio de saída em rampa, além de piloto automático e limitador de velocidade. Como todo o Renault, tem ainda o botão que permite optar por um modo mais econômico de condução através de alterações nos parâmetros do motor, o chamado Eco Mode.

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Já olhando para o painel de instrumentos, as informações são expostas de forma mais “clássica“, e dos três veículos ele tem o painel menos dinâmico, com menor nível de opções para configuração e leitura, ausência do velocímetro digital que facilita muito a leitura da velocidade, sendo que aqui o grande destaque é o painel do Argo Trekking, dinâmico, atraente e esportivo. Ainda assim, o Renault entrega informações de fácil leitura, e é elegante na sua apresentação e condução noturna.


Já ajustando o volante para a nossa posição de condução, no caso do Renault a coluna de direção tem regulagem apenas em altura, observamos o volante que como já é tradicional na Renault reserva para comandos atrás do volante as funções como volume de áudio e opções de mídia, além de comandos para atender ligações telefónicas.

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Para nós continua sendo uma opção que se torna prática após os momentos iniciais de adaptação, com funções que podem ser executadas sem tirar as mãos da posição correta e segura para a condução.


Ainda voltando ao volante, ele é de couro sintético com pormenores cromados, harmonizando com os outros detalhes com este tipo de acabamento que são visíveis nas saídas de ar, na alavanca do câmbio e na fina moldura do painel de instrumentos.


Hora então de girar a chave e dar partida ao motor de quatro tempos, de 1.597 cm³ bicombustível (gasolina e/ou etanol), quatro cilindros em linha, 16 válvulas e comando de válvulas variável. Um motor já com algum tempo de estrada e que entrega 115 cv (gasolina) e 118 cv (etanol), para ambos os combustíveis com potência máxima disponível nas 5.500 rpm.


Já o toque máximo é 16,0 kgfm para ambas as opções de combustível, capacidade atingida nas 4.000 rpm. O motor é um bom propulsor, (temos ótimas referencias das versões do Sandero com câmbio manual) mas que fica um pouco menos dinâmico por conta do câmbio automático do tipo CVT (6 marchas simuladas)utilizado nesta versão Iconic. Este casamento (motor/câmbio) nitidamente vai ganhando cada vez mais elasticidade e inteligência e está bem mais agradável e eficiente, uma nítida evolução no ajuste do conjunto mecânico.


No entanto, comparando o dinamismo dos três veículos testados, apesar de evoluir na agilidade e também no consumo, o Renault não consegue entregar o nível de agilidade do Hyundai HB20x, dos três, o mais disponível.

Comparativo: Argo Trekking 1.8, HB20x e Renault Stepway, três semanas com três aventureiros

Já que falámos em eficiência referir que em nosso circuito misto conseguimos uma média de 7,9 km/l com o veículo abastecido com etanol, um resultado que consideramos muito interessante, reiterando a evolução que a engenharia da marca tem feito neste conjunto mecânico que além de ficar mais solto, melhorou no consumo. Também é importante referir que Stepway e HB20x têm um tanque de 50L enquanto no Argo ele é de apenas 48L.


Já o conjunto da suspensão deixa o modelo da Renault em posição e vantagem no quesito versatilidade. Com a tradicional opção pela configuração do tipo MacPherson na frente e eixo de torção na traseira, o design da carroceria, sua altura em relação ao solo e ângulos de ataque e saída, são todas elas características que permitem ao modelo francês ser o destaque naquele que é um dos fundamentos destes veículos, a ampliação da sua capacidade para encarar as dificuldades do dia a dia. Além disso, o Stepway também evoluiu no equilíbrio entre conforto urbano, eficiência em estrada e capacidade para encarar com mais tranquilidade rotineiros obstáculos de nossas estrada e ruas. Se o Stepway não é tão macio e envolvente como o HB20x, ele também não decepciona no conforto, e ainda aparenta estar mais preparado para quem tem que encarar todos os dias um pequeno trecho de terra, por exemplo.

Curiosamente, cabe aqui um parêntesis para referir que tanto Renault como Hyundai optaram por pneus nitidamente mais voltados para uma rotina urbana no asfalto, já a Fiat foi um pouco mais ousada, ao ser a mais fiel das três na hora de escolher este importante item, optando por pneus mistos que se adaptam tanto a uma rotina no asfalto como situações de piso de baixa aderência como cascalho ou lama, dando naturalmente um “calçado” mais alinhado com o tipo de versão.


Já em relação aos freios a mesma solução ABS de disco ventilado na frente e tambor atrás nos três modelos testados, sendo que no Stepway são 1.151 kg de peso para frear, com reações previsíveis nas mais diversas circunstancias de aderência testadas, passando muita confiança ao longo do teste, aliás, um nível de eficiência muito equilibrado quando falamos dos 3 modelos hatch compactos disponibilizados para o mercado brasileiro, que parecem ter encontrado uma configuração padrão, sem esquecer que no caso destas versões aventureiras, com o centro de gravidade um pouco mais alto, as reações não são exatamente idênticas às de seus irmãos “normais”, no entanto são níveis de sensibilidade que passam longe do utilizador comum e só perceptíveis em situações mais extremas.


Palavras finais para a direção, que no caso do Renault é eletro-hidráulica e naturalmente não tão rápida e macia como a dos outros dois modelos testados, ambos com direção elétrica, de qualquer forma o Renault sempre se mostrou bem fiel aos movimentos do volante contribuindo para a boa dirigibilidade do modelo.

Conclusão do editor – O Sandero Stepway, ou agora simplesmente Renault Stepway, é vendido nas lojas da marca com preço de referência de R$ 90.790 ao qual adicionamos os R$ 1.500 da pintura da unidade testada por nós para chegarmos a um preço final de R$ 92.290, naquela que pode ser uma das explicações para o modelo não ter um desempenho comercial tão favorável quanto o Argo Trekking ou o Hyundai HB20x, já que ambos têm preço inferior nas concessionárias das respetivas marcas, sendo entregue o modelo italiano, por R$ 88.095 (São Paulo) e o Hyundai HB20x por R$ 83 790 o que deixa o modelo francês alvo de nossa atenção em incomoda posição diante dos dois concorrentes.


No entanto, o Renault Stepway se apresenta com um design moderno, apesar dos anos de estrada a ultima grande mexida no modelo o deixou rejuvenescido, moderno e atraente, além disso, é o de aparência mais robusta e imponente, através de um posicionamento da carroceria mais elevado, e uma maior distância entre as rodas e a carroceria, ajudando na sensação de maior versatilidade. Com uma mecânica robusta e consolidada e um casamento de motor e câmbio que evoluiu e está agora mais eficiente, se juntam a estas boas referências o seu grande argumento que é o espaço interno, onde ele sem dúvida se destaca entre os três modelos avaliados podendo por isso mesmo ser a opção ideal para quem deseja ou necessita de mais espaço no interior.


Próxima semana tem o último teste com este trio de aventureiros, Hyundai HB20x, Renault Stepway e Fiat Argo Trekkig 1.8. Não percam!


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