Recebemos para o teste de alguns dias, uma das mais desejadas picapes médias do mercado brasileiro, a Toyota Hilux. A versão é a mais irreverente de todas elas, a GR-S, e que a partir de 2020 é disponibilizada em duas motorizações, a Turbo diesel 2.8 16V de 177 cv que equipava a versão avaliada por nós, e ainda com o novo motor 4.0 a gasolina que entrega 234 cv de potência, não eixando a Toyota de disponibilizar nas versões iniciais a opção pelo já tradicional motor 2.7 Flex (gasolina/etanol).
A versão avaliada por nós é a mais cara do line up do modelo no Brasil, e tem preço sugerido de R$ 220.090 para as cores vermelho e preto, e R$ 222.440 na cor branca (são apenas três cores disponibilizadas para a versão). E ainda antes de nossa observação externa, e já que falamos em preferencia do público e sucesso do modelo, uma merecida referência para seu desempenho comercial. Em 2019 foram 40.419 unidades emplacadas ao longo do ano e liderança no segmento das picapes maiores, superando assim as 32.161 unidades da também tradicional Chevrolet S10. A Hilux fechou o último mês do ano com 3.650 unidades saídas das concessionárias. Já em 2020, e antes de toda a turbulência provocada pelo coronavírus e que praticamente paralisou as vendas, o modelo vinha com um desempenho de 3.125 unidades vendidas em março e 2.971 em fevereiro, com um total de 9.406 veículos nos três primeiros meses do ano, dando continuidade a liderança no segmento.
Mas vamos lá. Por fora o destaque são naturalmente os pormenores que nos remetem ao departamento de competição da Toyota, e que, muito particularmente nesta opção de cor branca da unidade testada por nós, ficam bem atraentes e dão o toque de esportividade e exclusividade que a marca busca com a versão GR-S.
Como principais dimensões, os 1.815 (mm) de altura, 1.855 de largura, 5.315 de comprimento, 3.085 de distância entre eixos e peso de 2.090 kg. Já a capacidade do tanque é para 80 litros de diesel.
O capô e o teto são na cor preta, harmonizando como os espelhos retrovisores e as rodas de liga leve aro 17′′ (pneus 265/65 R17). Destacamos ainda o protetor do para-lamas, o acabamento em tom vermelho nos faróis de neblina, os estribos laterais, as lanternas traseiras escurecidas e o protetor da caçamba, espaço que vem com capota marítima numa ótima solução para guardar bagagem e traduzir da melhor forma a versatilidade que o público busca nestas versões mais completas, um misto de picape com o SUV da família.
A esportividade do modelo também é realçada pelo novo design do santantônio, a grade dianteira com o nome Toyota por extenso, e os adesivos Toyota GAZOO Racing que caracterizam a versão, visíveis nas portas juntamente com o emblema GR, nas portas dianteiras e na grade dianteira. Além disso, o conjunto de faróis dianteiros tem luz de condução diurna (DRL), acendimento automático e sistema “follow me home”.
São todos estes pormenores que deixam a picape da Toyota muito atraente, misturando o clássico aspecto robusto com os pormenores que lhe conferem exclusividade e esportividade.
Hora então de falar do interior que acessamos através da chave presencial que permite o acesso através da aproximação. Como edição limitada, não faltam os pormenores que expõem a exclusividade da versão, seja através das cores e logo GR, que tanto pode ser visto nos encostos de cabeça dos bancos dianteiros, como na costura interna em cor vermelha, no painel de instrumentos com detalhes pretos e vermelhos, ou ainda no porta-objetos e portas, peças que também têm o exclusivo logo Gazoo Racing.
O habitáculo é na cor preta e os bancos e volante são com revestimento em couro, assim como o console entre os bancos dianteiros, que inclui porta-copos e porta-objetos com tampa e descansa-braços.
Com o habitual generoso espaço disponibilizado por este tipo de picape, inclusivamente no banco traseiro, a Hilux entrega também o ar-condicionado automático digital com saída de ar central para os bancos traseiros, banco do motorista com ajuste elétrico de distância, inclinação e altura, computador de bordo com tela TFT de 4,2" e sistema multimídia de 8"com navegador integrado, TV Digital e câmera de ré.
Como particularidade da última atualização na versão GR-S o espelho retrovisor interno eletrocrômico e a câmera de vídeo fixada no para-brisa para poder registrar os momentos e os caminhos que nossa valente picape permite percorrer, já que é um puro 4x4.
Destacamos agora o ótimo pacote de segurança, que amplia ainda mais a já reconhecida robustez do modelo. São sete bolsas de airbag; frontais, laterais, laterais de cortina e joelhos do motorista, controle eletrônico de estabilidade e de tração, assistente de reboque, de subida em rampa e de descida, além de freios ABS com EBD e BAS.
É então chegado o momento de acionar o botão Start/Stop e dar partida ao eficiente motor de 2.8 litros, Turbo Diesel 16 V. Em nossa opinião, esta opção de motorização é a mais adequada para a proposta do veículo, entregando 177 cv de potência e torque de 45,9 kgf.m.
Em termos mecânicos, a Hilux de motor diesel equilibra muito bem a agilidade através de respostas rápidas, com a segurança de uma potência generosa capaz de ser um eficiente parceiro para o trabalho como ainda um prazeroso veiculo de passeio, e ainda apto a permitir percorrer itinerários muito além do comum, afinal o offroad é seu DNA.
Sua direção hidráulica é muito eficiente, entregando reações rápidas e precisas, sendo bem versátil, tornando fácil de manobrar nossa picape nas garagens dos condomínios, invariavelmente com espaços apertados, como ainda no transito das cidades e sem deixar de lado a necessária firmeza em estrada. Outro fator que vem evoluindo na picape japonesa é a suspensão e seus ajustes. Do tipo independente com braços triangulares e molas helicoidais na dianteira, e típica solução pelo eixo transversal, com molas feixe de lâminas na traseira, a picape da Toyota vem reduzindo ao longo da sua evolução uma tendência natural para a traseira irrequieta, muito especialmente quando sem peso na caçamba, sendo notória a evolução, cada vez mais estável e confortável, sem perder sua principal característica que é a robustez e capacidade de trabalho.
A Hilux GR-S entrega um deslocamento suave, fruto tanto da sua motorização, como ainda do ótimo casamento com o câmbio de 6 marchas automático. No entanto, e quando necessário, entrega respostas rápidas, com uma evolução continua, e nota muito boa para o ajuste conseguido para a engenharia da marca para a configuração da caixa de câmbio. Com isso a picape da Toyota entregou no final de nosso teste uma média de 9,8 km/l de diesel consumidos, sempre realçando que efetuamos uma quantidade de quilômetros idênticos, tanto na cidade como em estrada. A versão entrega ainda a opção de escolher os modos de condução Eco, com objetivo de dar ainda mais economia ao seu dia a dia, ou, no sentido inverso, selecionando o modo Power, um pouco mais de animação para a sua condução e natural comprometimento dos números do consumo.
Conclusão do editor – A Toyota Hilux na versão GR-S equipada com motor diesel reúne tanto a habitual, e reconhecida, robustez do modelo, como acrescenta a juventude e irreverencia do acabamento exclusivo da versão, entregando uma forte opção para o vasto catalogo do modelo no Brasil, muito de olho no público mais exigente e que gosta de ter um produto diferenciado.
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