A Revista Publiracing recebeu o novo Nissan Versa para conhecer a versão mais completa da atual linha do sedan compacto japonês, chamada de Exclusive.
Falaremos de nossa experiência ao dirigir a nova proposta da Nissan, sem deixar de olhar para a versão de entrada Sense com câmbio automático, que também visitou nossa garagem algumas semanas antes, podendo assim deixar uma opinião mais ampla da renovada linha Versa, lembrando que além das duas versões citadas, a marca disponibiliza ainda a versão intermediária, Advance.
Antes de deixar para vocês nossa experiência com o modelo, agradecemos desde já a vossa leitura, deixando o espaço de comentários à disposição para interagirem conosco através da vossa opinião e agradecendo também o compartilhamento da matéria com conhecidos, amigos e família. Outro convite é para que se inscrevam no nosso canal de vídeo no youtube, além de sugerir que sigam nossas mídias sociais no Faceboook, Instagram e Twitter.
Então vamos lá. Sem dúvida que o novo Nissan Versa é uma evolução significativa em relação à anterior geração, agora chamada de V-Drive, e que ainda é disponibilizada na rede de concessionárias da marca. Como informação complementar referir que a anterior geração continua a ser fabricada no Brasil, em Resende (RJ), já a nova proposta chega importado do México. Em termos de design o novo modelo agrada muito. Com a identidade da marca bem clara em sua área frontal através do “tradicional” V-Motion, o Versa ficou bem mais moderno, elegante, e até com traços de esportividade.
São 4495 (mm) de comprimento, 1740 de largura, 1465 altura e 2620 de distancia entre eixos. Um carro que ganhou postura mais encorpada, tentando ganhar seu espaço num grupo de veículos que se posicionam entre os sedans compactos e os sedans médios, brigando agora com opções como Honda City ou Toyota Yaris Sedan.
Como referido acima, a área frontal expõem a imagem de marca da Nissan, com o detalhe cromado na grade frontal, o já citado V envolvendo o logo da marca e que tem continuidade com dois elegantes vincos que longitudinalmente percorrem todo o capô. Nesta versão Exclusive os faróis e lanternas são em LED e com acendimento automático, assim como a assinatura de condução diurna, também ela em LED. Na frente, incorporados ao esportivo para-choques ficam os faróis de neblina que reforçam o toque de esportividade desta versão através de um design muito interessante nesta área do veículo.
Nossa observação externa nos leva a destacar as maçanetas e os espelhos retrovisores na cor da carroceria, salientando que os retrovisores externos são elétricos e com caixa de desenho fluido e elegante, incorporando ainda os sinalizadores de mudança de direção.
Também na cor da carroceria a esportiva antena estilo barbatana de tubarão, que é mais um pormenor que entrega a sensação de fluidez em todo o design do modelo. O terceiro volume é muito bem integrado na carroceria, dando continuidade a um projeto muito bem conseguido pela engenharia da Nissan que não deixou de manter intacta, a até ampliar, uma boa referência da anterior geração, o porta-malas, de generosa capacidade permite 482 litros de volume, mais 22 litros que o V-Drive, referência muito importante já que é um dos requisitos necessários para chamar a atenção quando se trata de um carro familiar.
Terminamos nossa observação externa destacando lateralmente as molduras das janelas na cor preta e as elegantes rodas de liga leve aro 17”, onde são instalados pneus de medida 205/50 R17.
Se no design a Nissan acertou em cheio na evolução do modelo, também o interior ganhou vida nova, subindo de patamar, não só tecnicamente, mas também nos materiais utilizados, agora com um painel frontal muito ao estilo Kicks, com exibição de duas cores e materiais emborrachados imitando couro e que aumenta sem dúvida a consistência do painel frontal, reduzindo ruídos e entregando mais elegância.
Em destaque, envolvida nesta superfície elegante e em posição elevada, a nova multimídia Nissan Connect com display touch screen colorido de 7", conexão Apple CarPlay e Android Auto, GPS integrado e coectada ao ótimo sistema de áudio com distribuição do som através de 4 alto falantes e 2 tweeters. Nesta versão mais completa, ainda são visualizadas na tela as imagens da câmera de ré e da visão 360° inteligente da marca.
O novo Versa também carrega um bom nível de equipamentos e itens de conforto, destaques para o ar-condicionado automático digital, encosto de braço para o motorista, a chave presencial, que além de permitir a abertura das portas sem tirar a chave do bolso entrega a praticidade do botão Push/Start para dar partida ao motor, cintos de segurança com três pontos e encosto de cabeça nas cinco posições, fixadores traseiros para cadeiras de crianças (Isofix), alerta de objetos no banco traseiro, alerta de tráfego cruzado traseiro além de detector de objetos em movimento e sensor de estacionamento traseiro com alarme perimétrico.
Ainda olhando para o harmonioso interior, observamos as maçanetas das portas em cromado, os bancos com tecido e textura agradável além de boa ergonomia, o volante é também ele de espessura e design bem esportivo, destacando o fato da coluna de direção permitir ajuste em altura e profundidade, disponibilizando ainda o volante os principais comandos de telefone e áudio, bem como o piloto automático.
Mais atrás é visível o prático e agradável painel de instrumentos multifuncional de 7" com 12 funções, permitindo mais personalização para as informações disponibilizadas.
Resumindo, o interior do novo Versa, é muito agradável, elevou o requinte do segmento para níveis superiores e como se pede a um bom sedan familiar, é amplo.
Hora de conhecer o comportamento dinâmico do nono Versa, sabendo que a Nissan optou por manter para as três versões a tradicional mecânica composta pelo motor 1.6 L flex, que entrega 114 cv nas 5.600 rpm, com ambos os combustíveis, e um torque de 15,5 kgfm nas 4.000 rpm, trabalhando em conjunto com um câmbio do tipo CVT (Xtronic) que virtualmente simula 6 marchas. Cabe, no entanto, um parêntesis para referir que é disponibilizada na versão de entrada a opção pelo câmbio manual.
Ainda antes de acionar o botão de ignição do motor, deixar mais uma importante lista de itens que fazem parte do pacote da versão Exclusive, e que reforçam nossa interpretação de que a proposta da Nissan é muito competitiva.
São seis airbags desde a versão de entrada (frontais, laterais e cortina) com alerta de colisão frontal e assistente inteligente de frenagem, controle de estabilidade e tração e auxilio de partida em rampa.
Com ajustes manuais para o banco do condutor e de altura e profundidade para o volante, conseguimos uma posição bem confortável para dirigir o novo Versa. Utilizamos o botão de partida do motor e iniciamos o nosso habitual circuito misto urbano/estrada para entender como se comporta o novo Nissan Versa. Como referido no inicio do nosso texto, semanas antes tivemos a oportunidade de dirigir a versão de entrada com mecânica idêntica, com isso nosso teste com a versão topo de linha apenas confirmou algumas das referências da nossa anterior experiência.
O motor teve alguns ajustes que sem dúvida o deixaram bem equilibrado. Olhando o mercado deste tipo de produto e na faixa de preço em que se situa a agilidade de um motor turbo menor, pode não ser tão fundamental na hora da escolha e de comparar o Versa com as outras opções de mercado que já disponibilizam este tipo de motorização, já que, um bom nível de equipamento e itens de segurança, aliado a confiabilidade de uma mecânica já bem testada deverão ser levadas em conta na hora de escolher o novo carro a levar para casa. Além de outras razões comerciais e produtivas, esse foi o olhar da marca japonesa ao ser conservadora e manter este motor aspirado para equipar um veículo totalmente novo, reforçando que aqueles dois modelos que consideramos como seus concorrentes diretos, Honda City e Toyota Yaris Sedan, também apenas têm motores aspirados em seu lineup.
Os ajustes realizados pela engenharia na motorização são notados desde os primeiros quilômetros, o propulsor agora com mais 3 cv ficou mais disponível em giros baixos, reagindo de forma mais ágil numa condução padrão do dia a dia, sem grandes acelerações e pé direito bem leve, buscando sempre o equilíbrio entre desempenho e economia de combustível. Com o giro subindo bem menos e um bom trabalho de isolamento acústico, especialmente na área do motor, a evolução em termos de conforto na cabine é notória e mais um ponto em que a evolução é clara.
Também na suspensão o modelo melhorou. Com a opção pelo tradicional pacote independente na dianteira do tipo McPherson e eixo de torção na traseira, segundo a marca o ajuste foi no sentido de tornar o conjunto mais duro (cerca de 15%), e esse ajuste é notado dirigindo o novo Versa, que ao ser mais rápido na obediência aos movimentos do volante, e rolar menos a carroceria em curva, se torna assim um veículo mais seguro e confortável, permitindo além disso saídas de curva com mais agilidade, com todo o conjunto mais no “chão” e equilibrado, passando até a sensação de veículo de porte superior. De uma forma geral ele evoluiu bastante na questão dinâmica em relação ao V-Drive.
Ou seja, sem grandes diferenças nas escolhas técnicas, a engenharia da marca conseguiu evoluir muito o comportamento dinâmico da nova proposta com ajustes e evoluções em diversas áreas. Os freios também mantêm a tradicional opção pelo disco ventilado na frente e tambor atrás, sendo ABS com controle eletrônico e assistência de frenagem, eficientes e sem grandes surpresas negativas para frear os 1122 kg de peso da proposta.
Mais um ponto bem positivo do sedan compacto da Nissan é a excelente direção de assistência elétrica, muito precisa e confiável, é de correta calibração em qualquer circunstancia, seja dirigindo em velocidades maiores em estrada, ou na facilidade e leveza com que permite realizar rotineiras manobras urbanas em espaços menores.
Uma questão que, infelizmente, a Nissan não mexeu foi no pequeno tanque de combustível de apenas 41 litros que vem equipando seus modelos, e que naturalmente entrega uma autonomia menor obrigando a visitas mais rotineiras ao posto, algo bem traumático no atual patamar de preços dos combustíveis no Brasil.
De qualquer forma, também na eficiência do motor em termos de consumo ouve evolução, e todos os pontos em que a Nissan mexeu para evoluir o novo Versa em seu comportamento dinâmico acabaram por impactar positivamente no seu consumo. Com menos movimentos longitudinais e melhor relacionamento entre câmbio e motor, terminamos nosso teste com uma média bem interessante de 9,1 km/l (etanol).
Conclusão do Editor: O novo Nissan Versa é uma grande evolução em relação à geração anterior do modelo, mantendo o espaço interno, que já era referência, e elevando a proposta para outro nível tecnológico e de segurança, além, claro, de um design muito atraente. O preço naturalmente acompanhou sua evolução, mas muito menos que outros concorrentes. Prova disso a referência em torno dos 104 mil reais para esta versão (um pouco mais no estado de São Paulo, por conta do ICMS).
O Versa se apresenta muito interessante de dirigir, de respostas prontas sem ter que abusar do acelerador, conseguindo entregar um ótimo consumo. Seu motor aspirado 1.6 não comprometeu a evolução do modelo, já que os ajustes na unidade o deixaram mais solto a baixa rotação, de respostas mais imediatas e de ótima dirigibilidade. Uma proposta bem completa nesta versão topo de linha, Exclusive, e que tem argumentos de sobra para crescer comercialmente no mercado brasileiro. Indo um pouco mais além, já que são raros os SUVs compactos que nesta faixa de preço têm um pacote tão completo e oferecem tanto para a família, devendo ser o novo Versa um opção a ser levada em conta.
Um modelo que teve o emplacamento de 798 unidades em maio e que soma 4 940 nos cinco primeiros meses do ano. Se ainda não tem o desempenho comercial de outras opções, não é por falta de argumentos e competitividade. Um modelo que elevou tanto seu status que é uma ameaça, principalmente, para o seu irmão maior de casa, o Sentra, que agora tem um concorrente bem agressivo logo ali ao lado, na concessionária.
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