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Foto do escritorArtur Semedo artursemedo@revistapubliracing.com.br

Avaliação: O Renault Captur ganhou vida nova com o ótimo motor 1.3 turbo


Avaliação: O Renault Captur ganhou vida nova com o ótimo motor 1.3 turbo
Avaliação: O Renault Captur ganhou vida nova com o ótimo motor 1.3 turbo
Ficha Técnica Renault Captur Intense 1.3 Turbo

A principal novidade que a Renault apresentou ao longo de 2021 foi a chegada da nova motorização na linha Captur. Se o antigo 1.6 aspirado era caracterizado pela sua preguiça, a chegada do novo 1.3 Turbo de 170 cavalos trouxe muito mais dinamismo ao produto e foi para nós surpreendente a evolução, já que a engenharia deixou o Captur bem solto e ágil mesmo com o cambio do tipo CVT, uma solução técnica sabidamente menos propicia a entregar esportividade, mas que com uma nova programação, conseguiu expor de forma muito interessante o que realmente mudou no Captur, seu desempenho.


Começamos esta matéria quase resumindo nossa percepção em relação aos dias de contato com o Renault Captur com a versão intermediária Intense em sua última atualização, antecipando que foi principalmente por baixo do capô que a marca francesa mexeu no modelo.

Avaliação: O Renault Captur ganhou vida nova com o ótimo motor 1.3 turbo

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Avaliação: O Renault Captur ganhou vida nova com o ótimo motor 1.3 turbo
Avaliação: O Renault Captur ganhou vida nova com o ótimo motor 1.3 turbo

Com preço sugerido nas concessionárias a partir de R$ 138.490, o Captur continua com a mesma aparência, moderna e agradável, postura de SUV e 212 mm de vão livre em relação ao solo, e tendo como principais dimensões: 4379 (mm) de comprimento, 1813 de largura, 1619 de altura e 2673 de entre eixos. Seu design e posicionamento da carroceria permitem ângulos de entrada (19°) e de saída (30°) bem interessantes.


Instalada sobre a plataforma Dacia B0, na carroceria se destacam os faróis de duplo projetor, com luz de condução diurna em LED e faróis de neblina com a função Cornering Light. Também em LED são as lanternas traseiras. A frente expõe a imagem da marca de forma bem clara, com destaque para o logo da Renault de grandes proporções, centralizado na grade em preto brilhante. Os faróis de neblina são envolvidos por pormenores em plástico preto e ainda detalhes em prata. Também em tom prata é o chamado ski que dá um aspecto de mais versatilidade ao modelo. O plástico preto ainda é utilizado para dar acabamento a toda a carroceria, em outra solução bem comum nos SUVs compactos de diversas marcas, com destaque para a lateral e toda a área inferior das portas.


Já em preto brilhante são as molduras das janelas, espelhos retrovisores (elétricos e com sinalizadores de mudança de direção) e o teto, num acabamento de duas cores muito elegante.

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Antes de passar para a traseira, uma referência para as rodas de liga leve com acabamento diamantado de aro 17” e onde são instalados pneus de medida 215/60 R17 com sistema de monitoramento da pressão para todas as versões da linha Captur.


Já olhando para a traseira, o destaque é claramente o spoiler que dá continuidade ao teto, além dos detalhes em cromado, visíveis tanto no para choques, como no relevo do nome CAPTUR ao centro do porta-malas, sendo também o acabamento utilizado para o logo da Renault.


Embora o modelo não tenha sofrido nenhuma grande mudança desde o seu lançamento no Brasil, esteticamente ele continua atual e agradável, com uma postura até mais encorpada que muitos dos SUVs compactos e crossovers com quem disputa o competitivo segmento, não sendo pelo design que o modelo não tem conseguido melhores resultados comerciais.

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Interior de muito espaço


Momento de acessar ao interior, o que é feito através da chave presencial do tipo cartão, uma particularidade do modelo. O Captur entrega uma boa posição de condução e amplo espaço interno, sendo a simplicidade a tónica dominante no interior do SUV francês. Não faltam, no entanto, os principais recursos procurados pelo cliente deste segmento, como por exemplo, u sistema e áudio de razoável qualidade (6 alto-falantes), espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay na central multimídia de 8” que disponibiliza ainda as imagens da câmera de ré, o ar-condicionado automático, ou ainda volante com ajuste em altura e profundidade. Cabe aqui o destaque para o sistema de áudio que tem os principais comandos não diretamente no volante, mas sim na habitual haste na coluna de direção atrás do volante. Como sempre comentamos nos testes aos veículos da marca, achamos a solução prática e interessante, apenas nos tirando do lugar comum que são os comandos do áudio no próprio volante.

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Com um interior em que o tom preto é predominante, mas recorrendo a outras cores no acabamento de algumas peças, o Captur se apresenta de habitáculo simples e prático, deixando de lado a sofisticação, mas entregando um generoso espaço para todos os ocupantes, com referência ainda para duas tomadas USB para o banco traseiro ou encosto de braço dianteiro com porta-objetos. Já que falamos em espaço, momento ideal para referir que no porta-malas são disponibilizados 437 litros de volume, maior que todos os principais protagonistas do segmento, Nivus (415L), T-Cross (420L), Creta (422L), Kicks (432L), Tracker (293l), e muito mais que o modelo que entrega o menor espaço para bagagens, e que é precisamente o veículo mais vendido no segmento, o Renegade, que apenas entrega 320L de espaço. A referência em termos de espaço no porta-malas é do irmão de casa, o modelo Duster, com 475L.


O SUV da Renault não deixa também de entregar cinto de segurança de três pontos e encosto de cabeça para todas as cinco posições, além do indispensável sistema de fixação de cadeira infantil ISOFIX.



Ainda como itens de conforto, referência para o sensor crepuscular e de chuva, sensor traseiro de estacionamento, e piloto automático com limitador e regulador de velocidade.

Com muito plástico em seu interior, notamos uma evolução a cada nova visita do modelo na questão do acabamento, integração das peças e no isolamento acústico, o que permite um veículo mais sólido, notadamente com menos ruídos, e naturalmente, mais confortável para os passageiros. Com dois tons no interior e ainda recorrendo ao preto brilhante para acabamento de algumas peças, o interior tenta apresentar um resultado de alguma sofisticação para uma essência naturalmente minimalista.


A grande ausência é para nós a amplitude de um teto solar ou panorâmico, item que consideramos fundamental para uma proposta moderna, ainda mais quando falamos de um produto que custa praticamente 140 mil reais. Os mais joviais no segmento, já perceberam essa necessidade, e não por acaso, Renegade, Creta, Tracker ou até mesmo modelos já não tão novos como Honda HR-V disponibilizam opções com teto solar panorâmico.

Avaliação: O Renault Captur ganhou vida nova com o ótimo motor 1.3 turbo

Os materiais do Captur dão renda para famílias no Paraná

Fazemos um pequeno parêntesis na descrição ao modelo, contanto nossa experiência com a produção do Captur, que tem materiais como tecidos dos bancos e cintos de segurança utilizados para realizar lindíssimas bolsas que podem ser utilizadas para transporte de garrafas de vinho, por exemplo.


O trabalho é realizado pela organização Borda Viva, apoiada pelo Instituto Renault, e um dos mais fantásticos trabalhos de ação social realizado pelas montadoras instaladas no Brasil. A organização visa o desenvolvimento social e empoderamento das mulheres da região Borda do Campo em São José dos Pinhais, ajudando na renda e na alimentação de mais de 100 crianças na região das fábricas da Renault na região metropolitana de Curitiba.


No momento do lançamento do Captur com o novo motor, a Renault teve a gentileza de nos enviar uma dessas bolsas, produzidas através deste projeto social, e foi incrível observar materiais utilizados na fabricação dos automóveis ganhar vida e dar dignidade para tanta gente através de um trabalho maravilhoso.

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Evolução gigante na dinâmica

Voltamos ao carro! Antes de acionar o botão que liga o motor, referir que toda a linha Captur entrega atualmente 4 airbags de série, frontais e laterais, assistente de partida em rampa, e ainda controle eletrônico de estabilidade e tração.


Sem grandes mexidas ao que já conhecíamos do Captur, o interesse estava totalmente na expectativa em relação ao comportamento do modelo com o novo motor. E como mudou o Captur! – Como diz o ditado popular – Da água para o vinho!


Se com a anterior motorização 1.6 aspirada ele era bem conservador, com o novo 1.3 Turbo a Renault deu um salto de gigante na dinâmica do carro.


O novo motor é um 4 cilindros em linha 16V de injeção direta, Flex, de 1332 cm³, entregando uma potência máxima de 170 cv no etanol e 162 cv com gasolina nas 5500 rpm para ambos os combustíveis. Já o torque é de 27,5 kgfm nas iniciais 1600 rpm. Desde os primeiros quilômetros a agilidade do Captur nos impressionou pela grande mudança em relação ao que conhecíamos de ambas as motorizações disponibilizadas até aqui, e nem mesmo a opção pelo câmbio CVT tira a capacidade ao novo conjunto mecânico. Aliás, o ajuste da transmissão com o novo motor foi muito bem trabalhada pela engenharia da marca que entregou uma proposta que agora responde de forma pronta ao pé direito, tanto nos giros iniciais com uma condução urbana mais suave, mas reações prontas, como na capacidade de crescer de forma rápida em ultrapassagens ou retomadas quando estamos dirigindo em estrada. E para quem busca ainda mais dinamismo na condução do Captur com este novo motor, o câmbio CVT Xtronic possibilita a opção de colocar no modo manual sequencial, simulando 8 marchas, destacando ainda mais o muito que o carro ganhou com este novo propulsor.


Uma proposta que nos remete ao que de mais ágil tem o segmento, como por exemplo, o Cactus 1.6 turbo, não só pela agilidade, mas também pela relação muito interessante entre motor e câmbio. Como ressalva, o consumo, que foi um pouco maior do que inicialmente esperávamos de acordo com as características do motor e da disponibilidade do sistema Stop/Start que para o motor quando o veiculo está imobilizado, ajudando na economia de combustível. Nosso circuito misto terminou com uma média de 7,1 km/l abastecido com etanol, sabendo, no entanto, que em alguns momentos abusamos do acelerador, tal a animação que o Captur agora proporciona. Outro fator que condiciona é o peso de 1376 kg do SUV da Renault, praticamente mais 300 kg que um Nissan Kicks, e uma massa generosa a ser vencida, bem como um posicionamento de carroceria com um centro de gravidade alto, recordando que são 212 mm de vão livre em relação ao solo.

Avaliação: O Renault Captur ganhou vida nova com o ótimo motor 1.3 turbo

A direção é agora de assistência elétrica o que torna mais fácil as manobras em espaços reduzidos como garagens de condomínios, e dela apenas ficamos com boas referências em relação aos dias de contato com o modelo.


Já a suspensão mantem a opção pela configuração McPherson na frente e eixo de torção na traseira com mola helicoidal nas quatro rodas.


O resultado dinâmico são reações de razoável equilíbrio entre conforto e segurança, sendo um veículo que devido a sua postura elevada requer alguns cuidados em curva, especialmente em velocidades maiores.



Embora ele não tenha a versatilidade de ir um pouco mais além do seu irmão Duster, um dos melhores SUVs compactos neste quesito, fica muito próximo na capacidade de encarar alguns pequenos obstáculos no dia a dia urbano, e eventualmente, um caminho de terra pouco exigente.


Referência também para os freios que são de disco ventilado na frente e tambor atrás, e são a receita padrão para a grande maioria dos veículos do segmento, apresentando reações equilibradas de eficiência.


Com um tanque para 50 litros de combustível ele ganhou mais autonomia com a nova opção de motor, o que foi realmente uma evolução gigante no modelo, ainda que muito pouco tenha mudado além do seu "coração". Com a nova motorização ele tenta recuperar espaço entre os SUVs compactos, lembrando que o modelo fechou o ano de 2021 com 8.304 unidades emplacadas, atrás dos principais protagonistas do segmento, e com praticamente um terço das vendas do seu irmão de casa Duster, que fechou o ano com 22.457 comercializadas.

Avaliação: O Renault Captur ganhou vida nova com o ótimo motor 1.3 turbo

Conclusão do Editor – O Renault Captur ganhou um forte argumento com o novo motor 1.3 turbo. Se a anterior opção 1.6 aspirada poderia ser associada a pouco dinamismo, agora o Captur ficou muito divertido, e a eventual continuidade do fraco desempenho comercial terá que ser associado a outros fatores, como o preço, por exemplo. O Captur continua sendo um veículo de apelo interessante no design, com bastante espaço e trazendo muitos dos principais requisitos do segmento, mesmo nesta versão intermediária. Por isso mesmo, a conclusão de nossa avaliação ao final dos dias de contato com o modelo só poderia ser de uma enorme evolução, que trás de volta o Captur para a disputa no mais competitivo segmento da atualidade no Brasil, e com condições para crescer.

Avaliação: O Renault Captur ganhou vida nova com o ótimo motor 1.3 turbo
Classificação do teste ao Renault Captur Intense 1.3 Turbo

 

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