A quinta série de resultados do ano no Programa de Avaliação de Veículos Novos para a América Latina e o Caribe, Latin NCAP, foi apresentada hoje com destaque para as melhoras na proteção ao impacto lateral do Ford Ka.
O Ford Ka, fabricado no Brasil, ganhou agora três estrelas com relação à Proteção do Ocupante Adulto e quatro estrelas para a Proteção do Ocupante Infantil. O Ford Ka foi avaliado em 2017, conseguindo um decepcionante resultado de zero estrela para o adulto, devido ao baixo rendimento do impacto lateral. A Ford decidiu melhorar o impacto lateral do Ka e patrocinar uma nova avaliação no modelo 2018. O Ka, produzido desde 12 de junho de 2018 (a partir do VIN 9B9BFZH55U7K8206502), foi melhorado com reforços estruturais para a proteção dos impactos laterais no pilar B e elementos de absorção de energia nas portas para a proteção dos adultos.
Assim, conseguiu agora três estrelas para adultos, ainda devido à fraca proteção no peito deles no impacto lateral. A proteção do ocupante infantil mostrou um resultado de quatro estrelas com proteção boa no teste de impacto frontal e lateral no dummy de três anos e no dummy de 18 meses.
Ambos os dummies foram instalados utilizando ancoragens ISOFIX e Top Tether no caso do dummy de três anos, e com suporte para as pernas no caso do dummy de 18 meses. O Ka ainda oferece um cinto pélvico (dois pontos) no banco traseiro central em algumas versões.
Alejandro Furas, Secretário Geral do Latin NCAP, disse:“É alentador encontrar mais modelos compactos com melhoras como o Ka; contudo, seu rendimento de segurança básico está ainda por baixo da versão europeia. Com estes novos resultados, o Latin NCAP mostra, mais uma vez, que o mercado, junto com os consumidores, consegue melhorar modelos populares antes mesmo de as regulamentações locais de cada país, que em alguns casos, apenas agora começaram a incluir proteção contra impactos laterais para os novos modelos. “
Infelizmente, as regulações governamentais ainda não incluem o Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) e a proteção de pedestres, significando que a região ainda está 20 anos atrás da Europa, onde já contam também com proteção de pedestre e estão legislando para a obrigatoriedade da Frenagem de Emergência Autónoma (AEB).
“A informação independente para os consumidores se tornou uma ferramenta muito poderosa e eficiente que já está impulsionando o mercado latino-americano para veículos mais seguros.
Os governos deveriam oferecer incentivos, alentar e promover a qualificação obrigatória para todos os automóveis vendidos em seus mercados, acelerando a mudança em direção a veículos mais seguros. Os governos deveriam motivar e criar incentivos para os carros com tecnologias de segurança ativa, como os sistemas ESC e AEB, com a finalidade de alterar os níveis de segurança dos veículos novos vendidos na região e alinhá-los com os requisitos mundiais", falou Ricardo Morales Rubio, Presidente da Comissão Diretiva do Latin NCAP, que disse ainda “Recebemos com grande entusiasmo as melhoras voluntárias realizadas pela Ford, reagindo ao resultado ruim obtido previamente no Latin NCAP, mostrado quão efetivos são os programas de testes. Este modelo foi melhorado antes mesmo de qualquer requisito obrigatório do governo. Esperamos ver mais reações como esta pois é inaceitável a política de duplo padrão que alguns fabricantes ainda têm para a América Latina e o Caribe comparativamente com mercados como o europeu"