Como havia acontecido com o modelo FIT ao longo de 2017, a Honda também mexeu no seu sedã compacto, o City. Situado entre o hatch e o sedã médio Civic, o Honda City se tornou ao longo dos últimos anos uma referência para quem quer um sedã compacto com espaço (e preço) de sedã médio.
A versão que nossa redação recebeu para o teste de alguns dias, foi a mais completa de todas as cinco disponibilizadas atualmente para o mercado brasileiro, a EXL
Com preço sugerido de R$ 83.400,00 o City EXL reúne tudo o que de melhor a marca oferece para este modelo, numa evolução de itens que tem inicio na versão de entrada, a DX, com preço de referência na concessionária de R$ 60.900,00.
É chegada a hora de nossa observação externa. O destaque vai para o novo conjunto ótico, que nesta versão é full LED, com faróis alto e baixo, DRL, e lanternas traseiras também em LED. Muito agradável também o para-brisa degradê, e a elegante integração dos vidros verdes na carroceria.
Destacamos ainda a grade frontal cromada, não escondendo que é um Honda, e com acabamento blackpiano. Os retrovisores são elétricos, na cor do veículo, com luz indicadora de direção e rebatimento elétrico com acionamento interno e pela chave. As maçanetas externas são na cor do veículo e as rodas de liga leve são de aro 16'' tendo instalados pneus de medida 185/55R16.
Esteticamente o modelo ficou mais elegante, com as pinceladas de modernidade a focarem principalmente nos faróis, lanternas e para-choques. O dianteiro ficou, aliás, bem agressivo, mas exige cuidado na hora de ultrapassar alguns dos típicos obstáculos das ruas brasileiras, como lombadas e desníveis acentuados na pista. Facilmente ele bate no chão devido à baixa distância em relação ao solo.
Momento para falar de suas principais dimensões. O comprimento é de 4.455 (mm), altura de 1.485, largura de 1.695 e uma distância entre eixos de 2.600. Com estes argumentos ele se apresenta como um dos maiores sedãs compactos, principalmente no espaço disponibilizado no interior e no porta-malas.
Entrando no interior do City observamos sua já reconhecida qualidade de acabamento. Além dos bancos, alguns outros itens são revestidos ou com acabamento em couro, como por exemplo, o volante multifuncional ou ainda o acabamento das portas e alavanca da transmissão. A coluna de direção é ajustável em altura e profundidade, e permite assim encontrar uma confortável posição de condução, em processo auxiliado pela regulagem em altura do banco do motorista.
No interior são diversos os espaços para objetos, do console central, passando pelas portas e ainda o porta-revistas atrás do banco dianteiro do passageiro. O apoio traseiro de braço também conta com porta copos.
Todos os ocupantes contam com encosto de cabeça (cinco), e nas quatro portas o sistema de um toque para abertura ou fechamento dos vidros.
Já em relação a conectividade, a Honda disponibiliza a mais nova geração de sua central multimídia. Com interface para Apple CarPlay e Android Auto, ela é touchscreen de 7 polegadas, conexão via bluetooth com comandos HFT (Hands-Free Telephone), e inclui câmera de marcha a ré multivisão com guias de referência.
Terminamos nossa observação interna com referência para os cintos de segurança de 3 pontos para todos os ocupantes, sistema ISOFIX de fixação de cadeirinha infantil, o ar-condicionado que é digital, e o sistema de áudio composto por 4 alto-falantes (dois dianteiros e dois traseiros) e ainda 4 Tweeters.
Antes de dar partida ao motor, destacar a elegância do interior, sóbrio, e de peças sólidas e bem integradas. Como principal argumento o espaço, permitido uma viagem confortável para cinco ocupantes, e ainda disponibilizando interessantes 485L de espaço no porta-malas.
O painel de instrumentos com computador de bordo multifunções, nos mostra de forma simples e elegante as principais informações disponibilizadas pelo veiculo. É para ele que olhamos ao dar partida ao motor em alumínio 1.5 de 16 válvulas, SOHC i-VTEC Flex. Disponibilizando nas 6000 rpm, 115 CV na gasolina e 116 no etanol. O torque de apenas 15.3 kgf.m nas 4800 rpm já mostra as características do conjunto mecânico, do qual faz parte ainda o câmbio automático tipo CVT, com reações bem equilibradas, privilegiando um deslocamento suave, com conforto e economia de combustível.
A suspensão dianteira tipo MacPherson e traseira com barra de torção, fortalece a escolha dos engenheiros da marca por um comportamento equilibrado entre a travessia suave de obstáculos no dia a dia, com a estabilidade em velocidades maiores.
A direção tem assistência elétrica progressiva, e fazendo lembrar seu irmão menor, o FIT. O sedã compacto também apresenta uma ótima dirigibilidade, é rápido nas reações, passando claramente uma sensação de domínio da máquina.
Quem também passa confiança são os freios, de disco na frente e tambor atrás, são eficazes para frear os 1135 kg do nosso japonês. O sistema de freios conta ainda com ABS e EBD (Antilock Brake System/Electronic Brake Distribution). Apostando no cliente que privilegia a segurança, o City vem com estrutura de deformação progressiva ACETM com barras de proteção lateral e 6 airbags (frontais, laterais e de cortina).
Em nosso habitual circuito misto, que tenta interpretar o real comportamento dos veículos tanto na cidade como na estrada, o City se sai muito bem. Nada de esportividade, mas fica evidente o conforto e economia que busca o cliente para este tipo de veiculo. Com nosso tanque de 46L abastecido exclusivamente com etanol, o resultado mostrou uma média de 8,3 km/l na cidade e 9,7 km/l em estrada.
Com garantia de 3 anos, sem limite de quilometragem, o Honda City continua sendo uma referência neste mundo dos sedãs compactos de maior capacidade. Até alguns meses atrás, a atenção do cliente se dividia entre ele e o Chevrolet Cobalt, como aliás mostra o equilíbrio entre os dois modelos em numero de emplacamento nos 5 primeiros meses do ano. Saíram das concessionárias, 6675 unidades do modelo da Chevrolet e 5315 unidades do veículo da Honda. No entanto um novo ator chegou para literalmente pulverizar a atenção do publico, o Volkswagen Virtus. Com 12 732 unidades emplacadas até maio, o sedã compacto da marca germânica apresenta o argumento de modelo completamente novo para chamar a atenção e “afastar” os olhares do consolidado City.
Com 1454 unidades emplacadas em abril, e 1171 em maio, o Honda parece estar em seu voo de cruzeiro, beneficiando da imagem do seu irmão menor o FIT, e toda a carga positiva que isso trás. Ele se mantem como referência pela elegância de sua aparência e espaço interior, digno de sedã médio. O problema maior talvez seja seu preço, também ele de sedã médio, e por pouco mais dos referidos R$ 83.400,00 que custa esta versão EXL do City, o cliente da marca pode optar pelo Civic de entrada, na versão Sport com câmbio manual e com preço de referência de R$ 89.400,00.
Como conclusão, o Honda City é uma ótima proposta, principalmente nesta completa versão topo de linha. Ele se intromete como opção entre os sedãs médios devido aos argumentos que apresenta, e uma imagem consolidada junto ao público brasileiro.
Avaliação em números
Honda City EXL 2018
Design 7
Espaço e Conforto 8
Freios 7
Conectividade e Tecnologia 7
Acabamento 7
Motor / Consumo 7
Transmissão 6
Suspensão 7
Direção 7
Segurança e Auxílios 7
Total 70