A Liga SP, abriu na noite desta sexta-feira (9 de fevereiro), no Sambódromo do Anhembi o grande espetáculo com os Desfiles das Escolas de Samba.
A abertura do evento iniciou com a apresentação das sete agremiações do Grupo Especial: Independente Tricolor, Unidos do Peruche, Acadêmicos do Tatuapé, Mancha Verde, Acadêmicos do Tatuapé, Rosas de Ouro e Tom Maior.
O primeiro desfile foi marcado pela Independente Tricolor com o enredo “Em cartaz: Luz, Câmera e Terror... Uma produção independente”, na composição de Rafael Pinah, Pê Santana, Rodrigo Minuetto, Rodolfo Minuetto, Márcio André, e interpretação de Pê Santana e Rafael Pinah.
O carnavalesco da Comissão de Carnaval da escola, Anderson Rodrigues, trouxe para a avenida a representação dos sets de filmagens evidenciando a inspiração na arte cinematográfica através de maquiagens artísticas e figurinos inspirados nos filmes e produções.
Entre os personagens homenageados pela agremiação esteve o Nosferatu, Drácula, Freddy Krueger, Jason, Chucky, Conde Drácula, além do Zé do Caixão, personagem do ator e roteirista José Mojica Marins, homenageado no final do desfile com direito a alegoria e menção de sua obra dedicada ao terror no Brasil.
O espetáculo contou com cinco alegorias, um quadripé da Comissão de Frente, 23 alas, 2.600 componentes, sendo 80 baianas, 250 ritmistas comandos pelo Mestre Klemen Gioz, além da Madrinha da Bateria, Sheila Mello.
A segunda apresentação da noite foi da Unidos do Peruche. A escola homenageou a vida artística do compositor e músico Martinho da Vila através do enredo “Peruche celebra Martinho. 80 anos do Dikamba da Vila”, na composição musical de Jairo Roizen, Toninho Penteado, Ronny Potolski, Émerson Brasa, Sukata, Nando do Cavaco, Morganti, André Filosofia, Claudinho, Diley Machado, Tavares, Alcides Júnior, André Valêncio, Sérgio VJS, Butti, Marcelo Vila Isa, Evandro Mallandro, Leandro Bata´s, Tubino, Alberjan, Jr Fragga, Leo Rodrigues, Rogério Acioli, Meiners e Victor Alves, e interpretação de Toninho Penteado.
O carnavalesco da escola, Mauro Quintaes, foi o responsável pela concepção artística que resume a contribuição do músico no cenário cultural brasileiro. Além disso, teve tributo indígena com criações de artesãos de Parintins, referência folclórica mundial, com emprego de esteiras, palhas e materiais orgânicos.
Na avenida, além da presença do homenageado Martinho da Vila, participaram do desfile a Mart’nália, Leci Brandão, a dupla “Prettos”, os rappers Emicida, Crioulo e Rappin Hood, assim como os 2.500 mil componentes, a Madrinha da Escola Cidinha Comadre e a Rainha de Bateria Stephanye Cristinne.
O público pode visitar as galerias de arte através do desfile da Acadêmicos do Tucuruvi através do enredo "Uma noite no museu", composto por Turko, Maradona, Rafa do Cavaco, Diego Nicolau, Dr. Eduardo, Gustavinho Oliveira e Tinga, na liderança vocal de Alex Soares.
A proposta do carnavalesco da agremiação, Flavio Campello, foi resgatar a cultura nacional e mundial exaltando os museus como: Museu do Ipiranga, Museu de Arte Contemporânea, Museu do Amanhã, Masp, Museu de Belas Artes, Museu do Louvre, Museu de Ciências e História Natural. Durante o desfile teve 40 sósias de artistas como se fossem estátuas nas alegorias.
A Acadêmicos do Tucuruvi, também conhecida como a comunidade do Zaca, levou para o templo do samba a representação de esculturas gregas, menções das Art Noveau, Art Déco e Renascimento, fantasias inspiradas nos efeitos de vitrais e nas plotagens de obras de artes.
A agremiação teve a participação da Rainha de Bateria, Daniela Albuquerque, além dos 2.500 componentes, distribuídos entre as 28 alas, cinco alegorias, um quadripé na Comissão de Frente. A bateria composta por 220 ritmistas foi comandada pelo Mestre Guma.
A amizade virou samba pela agremiação Mancha Verde, que fez homenagem ao grupo de samba “Fundo de Quintal” através do enredo "A amizade. A Mancha agradece do fundo do nosso quintal", na composição de Sereno, Marcelo Casa Nossa, Darlan Alves, R Silva, R Minuetto, Vitor Gabriel e Gui Cruz, e voz de Fredy Vianna. Além disso, a escola teve a participação da Rainha de Bateria da escola, Viviane Araújo.
A cultura maranhense foi narrada pela Acadêmicos do Tatuapé por meio do enredo "Maranhão, os Tambores vão Ecoar na Terra da Encantaria", na composição de Fabiano Tenor, Mike e Luiz Ramos, e entonação de Celsinho Mody.
A escola de samba trouxe representações de composições étnicas e ritos devocionais, coreografada pelos 2.761 mil componentes, divididos entre as cinco alegorias e as 26 alas.
As lutas e aventuras dos caminhoneiros foi o enredo da Rosas de Ouro intitulado “Pelas estradas da vida, sonhos e aventuras de um herói brasileiro”, dos compositores Aquiles da Vila, Guiga Oliveira, Fabiano Sorriso, JC Castilho, Marcus Boldrini, Rafa Crepaldi, Rapha SP, Salgado Luz e Vaguinho, e interpretação de Royce do Cavaco.
A escola levou a representação dos santos protetores para o abre-alas e para o primeiro setor através da figura de São Cristóvão, o padroeiro dos motoristas e dos viajantes. Já a Ala Inclusiva, composta por 150 pessoas com deficiência reverenciou a Nossa Senhora da Aparecida.
A ala Nação apresentou uma coreografia conduzida pelo Evandro Souza, que representaram a Procissão de São Cristóvão. Neste desfile, 102 componentes com performances diferenciadas formaram uma cruz e se ajoelharam na avenida, reforçando a grande devoção do caminhoneiro.
A agremiação contou ainda com a participação da Rainha de Bateria, Ellen Rocche, da Rita Cadilac, e das duplas sertanejas formadas por Maiara & Maraísa, e As Galvão.
O último desfile encerrou na madrugada de sábado com a Tom Maior narrando a trajetória da mulher que foi símbolo do empoderamento através do enredo “O Brasil de duas Imperatrizes: De Viena para o novo mundo, Carolina Josefa Leopoldina; de Ramos, Imperatriz Leopoldinense”, na composição musical de Maradona, Amós Turko, Rafa do Cavaco, José Ricardo, Leo Reis e Celsinho Mody, e entonação de Bruno Ribas.
Desfilaram pela agremiação a Rainha de Bateria, Pâmella Gomes, Alex Morenno e Dicesar Ferreira.
Fotos: Liga SP