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Redação / Revista Publiracing

Ítalo-brasileiro quer ser um dos poucos homens a velejar toda a costa das Américas


Ítalo-brasileiro quer ser um dos poucos homens a velejar toda a costa das Américas

Elio Somaschini, físico e velejador, está prestes a embarcar em uma arriscada aventura pelas águas dos oceanos que banham o continente americano. A bordo do seu veleiro Crapun, um Beneteau First de 40 pés, pretende colocar seu nome entre os poucos velejadores que conseguiram dar uma volta completa nas Américas. A expedição intitulada CRAPUN Solo around Americas & Northwest Passage terá início hoje, sábado, 8, quando sairá da Marina Itajaí, no litoral norte catarinense.

“Minha grande inspiração para realizar esta viagem é o norueguês Roald Amundsen que foi o primeiro homem a navegar até o polo sul. Com certeza poder fazer um pouco do que ele fez mais de cem anos atrás será muito gratificante. Já viajei ao redor do mundo a bordo do Crapun e, apesar de ser uma embarcação leve e frágil, tenho certeza que terei sucesso”, comenta o italiano radicado no Brasil Elio Somaschini.

Inserido na cultura náutica desde 1978 ao ganhar uma prancha de windsurfe, Elio Somaschini já velejou sozinho ao redor do mundo durante sete anos.

O diretor náutico da Marina Itajaí Carlos Oliveira informa que o Crapun foi um dos primeiros veleiros a ser levado ao pátio da Marina desde a inauguração do complexo náutico.

”Ficamos muito orgulhosos ao saber que a marina será o ponto de partida e chegada da sua expedição pelas Américas assim como, recentemente, fomos o local de chegada da Família Schurmann e de seu veleiro Kat após a sua última expedição pelo mundo. A ampla estrutura, serviços e localização privilegiada para atender os navegadores justificam a crescente procura pela Marina Itajaí”, complementa Carlos Oliveira.


Ítalo-brasileiro quer ser um dos poucos homens a velejar toda a costa das Américas

Conheça um pouco da rota da expedição

A viagem terá início neste sábado, 8, quando o veleiro Crapun sairá por volta das 11h da Marina Itajaí, em Itajaí, SC, rumo à cidade norte-americana de Newport em Rhode Island. Ao chegar lá ficará cerca de oito meses fora da água para manutenções e reparos.

Em maio de 2018, Elio Somaschini seguirá até a Groelândia. Nesta etapa da aventura, o objetivo é repetir a rota de Amundsen e chegar até o estreito de Bering. Depois deverá descer para as ilhas Aleutas e chegar até Anchorage, no Alasca.

“A ideia é me divertir com a expedição e não perder a vida. Por isso, tenho aprendido como lidar e a reconhecer os tipos de gelos que encontrarei pelo caminho, entender as névoas e o clima das regiões polares, por exemplo. Tenho buscado ajuda também de pessoas que possuem grande conhecimento sobre a Passagem Noroeste. A preparação está em estudar, estudar e estudar. Durante as etapas, também farei paradas estratégicas tirando o Crapun das águas para manutenções”, explica Somaschini.

“Uma das coisas que pretendo fazer durante esse período da Groelândia até o Alasca é poder observar as baleias belugas, espécie que está em extinção, e também os narvais. São animais fantásticos”, conta.

Em abril de 2019, segundo o cronograma do velejador, o Crapun descerá a costa do Alasca e passará pelo Canadá e pelos Estados Unidos. Fará mais uma parada em Baja Califórnia, no México, antes de seguir em direção à Ilha do Robson Crusoé, no Chile.

Depois de conhecer este lugar emblemático da América do Sul, Elio Somaschini seguirá para o destino final, na Marina Itajaí, SC, mas antes terá que passar pelo “fim do mundo”, conhecido como o Cabo Horn. Uma área rochosa que concentra tempestades e fortes ondulações, que marca o ponto mais meridional do continente sul-americano.

“Sair do Brasil velejando solitário e dar a volta completa no continente é um dos maiores desafios que ainda restam”, finaliza Somaschini.

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