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Editorial de AJS

EDITORIAL - Saída de Joaquim Levy, o golpe final na credibilidade.


O editorial no último domingo antes do Natal, estava reservado para falarmos de bons sentimentos, momentos agradáveis, ou de algo que realmente pudesse trazer um pouco de alegria neste final de um difícil ano de 2015.

Encontrar boas notícias no Brasil nos segmentos que acompanhamos na revista é bem difícil. São despedimentos que vão desde as empresas fabricantes de veículos automotores, passando pela redução drástica de postos de trabalho nas docas de muitos estaleiros, empresas ligadas à aviação civil se reinventando para se manter vivas, no setor ferroviário, falta de visão para entender que qualquer país que quer ser moderno e competitivo necessita de investimento forte, permanente e inteligente na ferrovia, são obras que quando não interrompidas definitivamente, têm seus prazos de conclusão adiados, com os custos dessas obras sendo atualizados a níveis estratosféricos de gastança, e incompetência, mostrando a falta de planejamento em diversas esferas, sejam elas federal, estadual ou municipal.

Para a “estocada final” no ano, o governo federal nos brinda com a demissão de Joaquim Levy, precisamente aquele que era a única luz de esperança no fundo deste túnel sombrio e que mata quem percorre seu caminho e em que se transformou o governo federal do Brasil.

Joaquim Levy era a última esperança dos mercados interno e externo de que no Brasil ainda poderia, se não corrigir erros e trapaças dos últimos 13 anos, pelo menos atenuar suas consequências, e dar a toda a população um pouco de fé no futuro.

Mas no alto da prepotência do poderoso que se julga insubstituível, e da ignorância de não aceitar sua incapacidade em planejar um futuro para o Brasil que não seja este mar de lama vermelha, barrenta e suja em que colocou várias gerações de brilhantes brasileiros, o governo troca Levy, como resultado, após ser divulgada a noticia da entrada de Nelson Barbosa como novo ministro da Fazendo, o dólar disparou, a bolsa brasileira despencou, e se os menos atentos necessitavam de um sinal de como os mercados observam o futuro do Brasil, essa resposta foi clara, ninguém mais acredita no governo, e infelizmente no país que poderíamos ter construído.

AJS

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